sexta-feira, 21 de setembro de 2012

.Veterinária vai abater 250 touros que andam à solta


A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) está a preparar uma ação de caça para abater centenas de touros que ameaçam propriedades e população no concelho de Idanha-a-Nova, anunciou o organismo.

Em resposta escrita a questões colocadas pela Lusa, a DGAV indica que «está programada uma nova ação que prevê o abate de animais através de batida», método em que um homens e cães afugentam os animais para uma zona de atiradores.

Na última semana, um pastor foi encontrado morto nas imediações da aldeia de Segura, Idanha-a-Nova, com sinais de ter sido atacado por gado bravo.

O caso registado pela GNR está a ser analisado pelo Ministério Público de Idanha-a-Nova, ao qual cabe a decisão de abertura de inquérito e que aguarda pelo relatório da autópsia realizada no Hospital de Castelo Branco, adiantou fonte judicial à Lusa.

A situação surge após vários anos de queixas da população e de autoridades acerca de danos e sustos provocados por touros abandonados numa propriedade, sem vedações, nem vigilantes.

Segundo a DGAV, «não é possível indicar o número exato de animais em causa, devido ao incumprimento das obrigações legais de identificação e registo por parte do detentor».

Estima-se, contudo, que «o efetivo ascenda a 250 animais» e ocupe «centenas de hectares».

As irregularidades detetadas incluem ausência de «cuidados primários ao nível sanitário» e já originaram várias contraordenações ao alegado proprietário.

As sanções e iniciativas para pôr termo à situação «têm sido coordenadas entre a DGAV, o Ministério Publico, a Câmara de Idanha-a-Nova e a GNR», mas até hoje ainda não surtiram efeito.

O detentor dos animais diz que não tem «condições de segurança pessoal para se deslocar ao local e desenvolver as normais medidas de gestão da propriedade e do seu efetivo bovino», refere a DGAV.

A direção-geral já o notificou para proceder a um abate compulsivo, mas como nada foi feito, foi levado à prática «um plano com a colaboração do município, GNR e Companhia das Lezírias, com disponibilização de campinos e respetivas montadas».

A ação realizada no início do verão passava por recolher os animais e encaminhá-los «para abate em matadouro», mas não resultou, pelo que «está programada uma nova ação que prevê o abate de animais através de batida».

Apesar das tentativas, a agência Lusa não conseguiu contactar o alegado detentor dos animais, que de acordo com fontes na aldeia de Segura ligadas ao caso, residirá em Albergaria-a-Velha.

A ausência de qualquer identificação nos animais dificulta a responsabilização por danos causados, explicou fonte policial.
fonte; .tvi24.iol.pt/

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