segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Gari adota urubu encontrado ferido em aterro sanitário de Piracicaba (SP)

Sombra olhando com ciúmes para o cachorro                      Sombra ganha carinho do dono

Pretinho (Foto: Nikolas Capp/ G1)

Um gari morador do bairro Jaraguá em Piracicaba, no interior de São Paulo, adotou há quatro meses um urubu como animal doméstico. Renato Eugênio da Silva encontrou a ave ferida no aterro do Pau Queimado durante um dia de trabalho.

Batizado de Sombra, o então filhote estava ferido e prestes a servir de alimento para outros urubus, mas Silva se comoveu com a cena e levou o bichinho para casa.

“Trouxe para casa, mas achei que ele não fosse sobreviver. Mas como demos carinho e alimentamos direitinho, ele cresceu forte e hoje faz parte da família”, conta. Sombra passa o dia livre, sobrevoando a região na companhia de outros da mesma espécie, mas é só o gari voltar do trabalho, que ele aparece para receber os chamegos do tutor Entre outras regalias, o urubu assiste televisão e dorme junto com Silva no sofá.

“Eu chego em casa ele já aparece em cima de algum poste ou árvore. Aí quando me vê, vem deitar comigo no sofá. Quando eu durmo, ele coloca a asas em cima de mim, como se tivesse me abraçando”, conta.

Sombra divide a casa com um cachorro, o Pretinho, e um lagarto chamado Thiago, mas na hora da atenção, o urubu não quer saber dos concorrentes. “O Pretinho chega perto e ele já dá bicada. Morre de ciúmes de ver outro animal com o pai. Ele não me deixa dividir o sofá com o Renato. Até eu tenho que competir com o Sombra para estar com meu marido”, brinca a também ciumenta Elisabete Alves Baumann da Silva.

O casal tem três filhos que se divertem com a ave. O urubu nunca atacou ninguém e até entra na brincadeira. “Daqui a pouco meus filhos chegam da escola e aí vira festa. O Sombra fica agitado e quer brincar com eles”, explica a doméstica.

Mas a grande paixão é mesmo Silva. “Quando vou trabalhar, ele vai embora, mas sei que sempre volta. Outro dia, eu acho que prenderam ele, porque passou um dia sem aparecer. Quando chegou estava sujo e com fome. Cuidei dele e agora está bem. Mas fico preocupado”, diz o pai coruja.

 

G1

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